Não tenha medo de perder pessoas, tenha medo de perder a si mesma
- Jéssica Mras
- 2 de set. de 2024
- 1 min de leitura

Somos seres sociais, o que significa que não sobrevivemos sozinhos por muito tempo. Costumo exemplificar esta frase pros meus pacientes com o filme "O Naufrago", onde o personagem de Tom Hanks usou uma bola pra criar Wilson, seu amigo imaginário, com o objetivo de interagir e manter a lucidez.
Precisamos de pessoas, de interação e, para isto, torna-se necessário sermos desejados para construir e manter uma rede de conexões. E aí, se não entendermos e impormos os nossos limites, corremos o risco de nos perdermos em busca do outro.
É natural que nos adaptemos às diferentes pessoas e ciclos que convivemos. De forma bem simplista, é importante para a nossa sobrevivência. No entanto, quando toleramos desrespeitos e nos forçamos dentro de um molde que não nos cabe, nos apagamos e ensinamos as pessoas erroneamente como nos tratar.
Estabelecer relações saudáveis implica em atitudes assertivas que podem gerar conflitos e consequentemente alguns afastamentos. Toleramos afrontas por medo do embate e da solidão e, por isso, nos acostumamos a escassez de alguns vínculos que se desgastam e nos diminuem.
Conversas difíceis promovem convivências agradáveis e conexões genuínas. E se ocasionar em términos, provavelmente aquela pessoa se beneficiava da sua falta de limites cujo interesse dela vinha do que ganhava contigo sem precisar oferecer nada em troca.
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